domingo, 24 de abril de 2011

Home, Minuscule Home!!!







Acho que estamos prestes a encontrar o nosso cafofo temporário.
Oito minutos de caminhada da estação de metrô mais próxima = perfeitamente aceitável. Tamanho das acomodações = nem tanto. Se juntássemos os quatro quartos que a tal casinha se gaba de ter, todos eles caberiam dentro de apenas dois dos quartos da nossa casa atual e ainda sobraria um bom espaço. Minha geladeira, por exemplo, não cabe na cozinha. E se eu engordar dez quilos é bastante provável que eu também não caiba. Entretanto, é isso ou amargar mais alguns meses de house hunting. Aparentemente existem casas interessantes, mas elas costumam ficar longe da estação, não ter garagem  ou ser alugadas em menos de 24 horas.

A casa não tem nem mesmo o charme vitoriano das tradicionais residências urbanas londrinas. É apenas um quadrado de tijolinhos vermelhos. Foi construída nos anos 80 e fica num cul-de-sac, cercada por casas mais ou menos iguais arquitetonicamente. Os poucos móveis que já se encontram dentro dela ficarão lá. O imóvel estava alugado antes para uma família com crianças, e cada quarto tem uma cama. Invariavelmente encardida. Preciso me livrar delas (todas velhas, sujas e nojentas), do sofá (velho, sujo, nojento e desconfortável) e talvez da mesa e aparador cafonas que entulham parte da sala. ONDE pôr todas essas coisas não faço idéia, mas prefiro pagar para guardá-las em algum galpão do que ser obrigada a encostar em qualquer um daqueles colchões fedidos.


Tem um jardim (ok, tem grama) de tamanho respeitável nos fundos, apesar de a cerca necessitar reparos - não queremos raposas lanchando minha gata e nem a gata tonta fugindo direto para baixo dos pneus de um carro em movimento. A garagem é dupla e caberá algumas caixas e entulhos no fundo (quem sabe algumas camas desmontadas... dedos cruzados!). Os quartos “double” (para casal, como eles classificam aqui) são pequenos, porém bem claros. Num deles há uma suíte (não gosto de banheiro no quarto, mas enfim) e no outro há armários embutidos. Os quartos “single” (de solteiro) são mínimos. Ainda assim estamos cerca de 90% certos de que a casa ficará conosco (a menos que o landlord decida tirar da agência por algum motivo bizarro). No momento estão pintando paredes, trocando pisos e consertando um vazamento, mas em uma ou duas semanas poderemos assinar o contrato.


Não estou saltitando de alegria porque, bem, eu esperava um lugar mais charmosinho para começar a nossa aventura do outro lado da poça. Mas a necessidade de ter uma garagem + lugar para estacionar outro carro acabou reduzindo muito a escolha; Londres não é conhecida por suas garagens espaçosas. Aliás, Londres não é conhecida por espaço, simples assim. Um dos muitos motivos que faz seus habitantes sonharem em deixar a cidade para trás e buscar uma vida no campo é a possibilidade de conquistar simplicidades necessárias como privacidade, silêncio, limpeza, segurança, qualidade de vida e alguns metros quadrados a mais onde poder vivê-la. E são exatamente essas coisas que eu estou deixando para trás, sem conseguir(ainda) me sentir muito estúpida.


Enfim, é uma casa. Não muito engraçada, mas com teto e paredes. Perto do metrô, numa área relativamente tranquila, com espaço externo para a minha felina. Cinemas, Tesco e uma Ikea não muito distante. Acesso fácil para o aeroporto. E acima de tudo, eu vou estar onde preciso estar. Para poder então começar a dar uma segunda e última chance a essa relação meio estranha entre o meu coração e este país.

*Fotos Margô Dalla 
*Texto escrito por Lolla/Inglaterra 


Visite site: http://www.hellololla.com


segunda-feira, 11 de abril de 2011

E por falar em saudade...A Brasilite revisitada*


 

“Immigration is a cruel bargain” ( lido em algum lugar)

                                                                                  Júlia Abreu de Souza




Em seu livro “A ignorância”, Milan Kundera explica o significado da palavra nostalgianostos em grego significa regresso, algos, sofrimento. Nostalgia é, portanto, o sofrimento causado pelo desejo não realizado de regressar. Saudade, a nostalgia brasileira, é uma palavra chave da língua portuguesa, talvez de escopo mais específico do que a nostalgia, mas por outro lado, mais abrangente do que do que “homesickness” e “heimwee. A palavra vem do latim “solitate”(solidão). 
Em Portugal, a saudade está intimamente ligada ao povo de navegadores, às histórias das mulheres em compasso de espera. Está nos fados. No Brasil, onde 30 de janeiro é o seu dia oficial, a saudade também deu muitos frutos, a julgar pelos inúmeros poemas e canções onde a palavra é o tema. Nós gostamos do seu som e do significado, e temos inúmeras expressões intraduzíveis tais como matar as saudades, deixar saudades, morrer de saudades, pois isso também é possível. Sabemos de que no período da escravatura no Brasil, os africanos morriam de inanição, apatia, fastio, em suma, de banzo (saudade em bantu, língua angolana).
Pensando e repensando sobre a questão que nos toca a todos, diria que, a grosso modo, os imigrantes podem ser classificados em várias categorias: os que tiveram mesmo que deixar a sua terra por motivos políticos ou econômicos, os seus companheiros e afiliados. Em outra categoria, temos os alternativos, os iludidos, os desiludidos, os apaixonados, os colonizados, os românticos, os vagos, os aventureiros, as minorias sexuais, as maiorias assexuadas, os errantes e aventureiros desta vida. Na realidade, fugiram todos de alguém ou de algo, ou buscam “algo” em outro lugar, eis o traço em comum.
Algum tempo após a imigração, surgem os primeiros achaques e sinais de desajustamentos. Inicia-se um processo de ligeira paranóia e os habitantes do país de imigração, no início tão gentis, interessados, abertos, passam a ser encarados como cretinos, bitolados, racistas, e a Europa parece ser o próprio canto da sereia, após o dito. Mas a coisa não fica por aí. Os imigrados brasileiros, por exemplo, são muito afeitos à “brasilitis”, doença praticamente incurável, ou que, na melhor das hipóteses, deixa sempre as suas mazelas. A brasilite, ou seja, a saudade específica do Brasil, pode, por sua vez, ser dividida em três grandes grupos: as agudas, as crônicas, e as crônica-agudas.
O Brasil, que muitos deixaram por razões obscuras(“a barra estava pesada”, “a grana curta”, “a situação difícil”), passa a ser aquele gigante lindo, ensolarado, acolhedor, mítico, a quem, apesar da eterna crise econômica, podemos recorrer quando estamos mal e sofridos. Recebe-nos sempre de braços abertos, com Cristo e tudo, verde, azul e dourado que é o Brasil, com s cocadas, goiabadas, mães-bentas, babas de moça, quindins, papos de anjo, amor em pedaços, olhos de sogra, feijoadas, vatapás, muquecas, casquinhas de siri, caipirinhas, batidas, enfim, todos os quitutes e iguarias que, quando lá se vivia, talvez não excitassem tanto o paladar nem a imaginação. Mas isto também faz parte do quadro geral da “brasilitis”. Esta pode atacar o nosso imigrado de repente.
 
Ouve-se um velho sambinha do Paulinho da Viola, alguém falando com o sotaque carioca, a evocação de um sabor, um cheiro, um lugar, e a doença instala-se de sopetão, deixando a gente perplexa ante a enormidade do ato desatinado que ousamos praticar: “cair fora”, deixar tudo e todos, e emigrar; abandonar as origens, trocar de língua, negar as raízes para vir aterrissar de cheio em terreno alheio.
No período inicial da imigração, o brasileiro vive fixado na oralidade, isto é,  na língua,  música e comida, os aspectos da cultura que mais preza e que servem de elemento catártico para o sentimento de perda. Quando volta de férias do Brasil, traz 20 quilos de bagagem de mão, com os alimentos digeríveis, legíveis e audíveis da terra natal. A bagagem é muitas vezes armazenada, por muitos e muitos meses: mofa, azeda, é esquecida, vira fetiche, pois quem é que tem “coragem de abrir o pacote de feijão e a garrafa daquela cachaça tão especial?”

Nesta fase, pensa-se com certa nostalgia, em como era generosa, bonita, acolhedora, aquela Europa idealizada lá de longe, onde se vinha “tomar um banho de civilização” e onde se respirava cultura, onde homens e mulheres se respeitavam e se emancipavam, onde ninguém morria de tédio e aborrecimentos e outras baboseiras semelhantes inculcadas pela mitologia colonizadora. O imaginário aprisiona.
Neste período, voltar atrás seria até possível. Porém, na nossa terra, a “situação continua meio complicada”, “as condições são difíceis” e, pelo sim pelo não, fica-se. E criam-se compromissos, laços, amores, os engates e as cadeias desta vida.
Ora, se partir é morrer um pouco, ficar também tem suas implicações. Ficar, sem se marginalizar, significa, em primeira instância, num corte. Significa adotar o ritual dos outros, perder a identidade cultural, a língua, dissolver amizades, laços antigos, entrar em depressões cíclicas, sofrer a perda de algumas partes do “eu”. Às vezes, dentro da sua problemática particular, o imigrante pode tornar-se até “um chato” no seu questionamento, na sua crítica, e no moto contínuo da saudade.
Na imigração, é evidente, não há somente perdas a considerar. Porém, quando a brasilite chega, ninguém tem condições de analisar os ganhos e o possível enriquecimento trazido pela nova experiência. E o somatório de perdas e danos, dos prejuízos e lucros, acaba por deixar o emigrado com algum tique emocional, fazendo com que muitas vezes, até no próprio país se sinta em terra estrangeira, observando tudo com um certo distanciamento, sem “saber  se poderia viver lá para sempre”.
Então, trocando em miúdos, só mesmo imigrante  entende imigrante. Só os que foram ao vento, podem avaliar as barganhas, negociações e permutas feitas durante o percurso. E, portanto, só eles podem pesar na própria balança os achados e perdidos, os proveitos e os prejuízos pessoais obtidos. Parafraseando Pessoa, “navegar é preciso”. Mas totalmente sem riscos não é, certo?


*Júlia Abreu de Souza é cronista, blogueira (uma das criadoras do "Quem vai ao vento...) e autora do livro "Basicursus Portugees van Brazilie:É isso aí! Uitgeverij Coutinho (Bussum).
O livro é referência importante no ensino da língua portuguesa na Holanda.


*Texto publicado no jornal NRC Handelsblad, sábado (12/02/2005), com o título “Varen is noodzakelijk” (Navegar é preciso).



quarta-feira, 6 de abril de 2011

Tem dia que cansa - falta de bom senso - por Lu na China

Tem dia que cansa - falta de bom senso
por  Lu na China
Acho que todo estrangeiro que vive na China é assim: tem dias que a gente está de bom humor e as diferenças culturais (políticas, religiosas, educacionais...) são taxadas de "curiosidades" e vistas com graça e pelo viés antropológico.












Agora... tem dias, como hoje, que a paciência está curta e todas essas infinitas diferenças não têm graça nenhuma e dá vontade de sair dando voadora em todo mundo que é mal educado, grosso ou sincero demais.
Para extravasar meu incômodo e desassossego passei o dia anotando coisas que me irritam (e cansam) aqui na vida da capital chinesa. ------------> Antes que venham que crucificar e tirar satisfação quero deixar claro que todos os casos abaixo são reais, aconteceram comigo e dizem respeito somente a minha experiência.  Pode ser que você tenha morado 10 anos na China e nunca tenha passado por nenhuma dessas situações.  Sorte sua.
O que mais tem me incomodado é a falta de bom senso dos chineses.  Podem chamar de diferença cultural, educacional ou do que quiserem.  Para mim é falta de bom senso mesmo.  É claro que tem muito chinês com bom senso e muito legal por aí. Mas eu estou dando azar de cruzar com umas pessoas, viu...
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Em um fast-food de comida chinesa:
eu: acabei de ver uma foto na frente do restaurante daquela massinha típica chinesa que é frita, comprida, que parece um pão, sabe? Esqueci como chama...
atendente: aquela massa não é de pão.

















eu: é, não é de pão, mas parece. Como é que chama mesmo?
atendente: youtiao
eu: isso! Youtiao! Você tem aqui nesse restaurante, né?
atendente: tem, mas não é massa de pão.
eu: tá, mas é a mesma massinha da foto do lado de fora do restaurante, né?
atendente: é
eu: tá, eu quero uma.
atendente: não tem mais. É só no café da manhã. Já acabou.
Essa conversa levou uns 5-10 minutos. Ela poderia ter tido o bom senso de ter falado isso antes.
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Restaurante completamente vazio. Totalmente. Eu e mais uma pessoa chegamos. Dois clientes. Quatro garçonetes conversando.
eu: oi, garçonete, você pode vir aqui? A gente quer fazer o pedido.
Garçonete anota o pedido. Pega uma lâmpada e vai trocar a que queimou. Cerca de 10 minutos se passam e a mulher não consegue trocar a lâmpada.
eu: você não vai falar o pedido para a cozinha? A gente tá com fome. Você não pode falar o pedido para a cozinha antes e DEPOIS trocar a lâmpada?
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Elevador chega ao térreo. O óbvio? Primeiro, as pessoas de dentro saem e DEPOIS as que querem entram se movem. Mas isso NUNCA acontece. É sempre uma briga: um empurrando o outro para medir quem é mais forte.
O mesmo acontece no metrô, só que o número de pessoas é elevado a 10.
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Já perdi a conta de quantas vezes estava esperando táxi e algum chinês (homem ou mulher) me EMPURROU para passar na frente e pegar o táxi. Sim, empurrou. O táxi estar vindo, eu fazer sinal e um chinês sair correndo para passar na minha frente é normal. Acontece em 95% das vezes. Agora, empurrar... Falta de noção.
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Tô cansando daqui e pensando no meu próximo passo.
Desculpas que eu dou para justificar meu fraco chinês
Os chineses educados dizem:
- Uau!  Como seu chinês é bom. Você mora aqui só há 3 anos e já fala bem assim!  Dá para entender quase tudo que você fala.
Os chineses sinceros dizem:
- Nossa! Você tá aqui há 3 anos e ainda fala mal assim! Como é que pode? Você erra todos os tons, as palavras, mal dá para entender.
Nesses quase 3 anos estudando chinês acumulei uma porção de desculpas para deixar na ponta da língua e falar assim que escuto uma dessas verdades doloridas.
* estudo há cerca de 3 anos, mas como sempre trabalhei, estudar ficou em segundo plano
* como sempre trabalhei, na hora da aula sempre estava mais cansada do que os outros alunos (isso é verdade!)
* os mais novos aprendem muito mais rápido e, como sempre fui uma das mais velhas da turma, demorava mais para entender
* os coreanos e japoneses aprendem muito mais rápido do que os ocidentais e, como sempre fui uma das poucas ocidentais da turma, aprendia mais devagar (isso também é verdade!!!)
* na universidade, sou uma das poucas que não fez curso de chinês na graduação. Impossível eu estar no mesmo nível que eles (verdade também!).
02/03/2011
E, na universidade... (visão ocidental x visão oriental)
Como eu disse no post anterior... estou fazendo mestrado.  E algumas matérias são feitas com outros chineses (ahhh!!!).  É claro que os chineses acham a matéria muito fácil (é na língua deles!) e os (pobres) estrangeiros acham tudo absurdamente difícil.  Eu acho absurdamente difícil, mas estou tentando entender.  O bom disso tudo é poder observar a diferença (ou abismo) cultural entre o ocidente e o oriente.
A professora está lá na frente toda feliz ensinando os usos do chinês.  Como adequar a linguagem para cada situação e fazer com que o interlocutor entenda claramente o que está sendo dito.  A influência da cultura na linguagem, etc. Legal! Já estudei isso em português.  E a professora chinesa dá o exemplo:
"Nossa! Como você está gorda!"
E pede para a aluna CHINESA explicar o que sentiria ao escutar a frase acima.
"Ah, professora, se alguém me dissesse que eu estou gorda eu ficaria feliz porque saberia que a pessoa está dizendo que eu estou saudável, comendo muito bem, que estou investindo na minha saúde.  Se ela dissesse que eu estava magra ficaria triste porque ela poderia dizer que eu pareço doente."
JU-RO.
E, depois, pede para a minha colega OCIDENTAL dizer o seu ponto de vista.
"Se eu alguém dissesse que eu estou gorda eu falaria que a pessoa é muito mal educada. Seria a mesma coisa que dizer que eu estou feia, fora de forma".
Óbvio. Claro.  Simples.
*A autora, Lúcia A., é formada em Letras, especialista em Comunicação e escritora!

Acompanhe blog da autora.
http://lunachina.blog.uol.com.br/

Quem vai ao vento...

Quem vai ao mar, perde o lugar, quem vai ao vento, perde o assento ou quem vai, vai; quem fica, fica! Ou quem vem de longe, vende como quer.
Após algumas indagações  e explosões de idéias, resolvemos começar a contar histórias-, algumas verdadeiras e outras ficção/fruição dos brasileiros fora do Brasil.
Estamos na Holanda, no ano de 2011.
Os japoneses lutam para sobreviver à invasão do mar. Um cenário desolador  que nos deixa estarrecidos com a violência das imagens vindas daquele país-, e a realidade é bem pior pois os níveis de radiação da usina nuclear de Fukushima além de estarem altíssimos, estão perigosíssimos.
Obama, presidente dos Estados está no Brasil acompanhado de duzentas pessoas. Novidade: no menu do presidente americano, nada de hamburgues, churrascos ou feijoadas, mas sim comida "vegan". Ele quer uma dieta mais radical do que a vegetariana. O "veganismo" exclui todas as formas de exploração contra o reino animal e respeita todas as formas de vida-, ou seja, ele só irá se alimentar de produtos derivados do mundo vegetal.
Enquanto isso na Líbia, o ditador Muammar Kadhafi proclama ao mundo que está determinado a "esmagar os inimigos". Diz que o que está acontecendo na Líbia, nada mais é do que um "complô estrangeiro", de alguns países colonizadores como a França, Estados Unidos e Grã-Betanha...
E aqui nos Países Baixos, pessoas chegam, se encontram, apostam no amor, em uma vida nova e em um novo continente como o Paulinho de Formiga/MG que atravessou o Atlântico para vir para a Europa por três vezes e foi deportado duas antes de chegar pela terceira vez em Bruxelas. De família muito humilde, trabalhou incessantemente para reunir o dinheiro para o grande sonho; ou a história de Lourdes, que de Natal/RN, empregada doméstica com  quatro filhos conheceu um rapaz de família nobre na Holanda e todos vieram parar aqui, ou a Sandra, paulistana descolada, fotógrafa, que escolheu Amsterdã para morar e se tornou a queridinha dos fashionistas, e o carioca Norberto, cantor de ópera que é ovacionado a cada temporada no Concertgebouw. E chegaram também, um jovem casal que está na prisão por porte de drogas, e uma moça triste que vive calada.
Então, blogueiros, blogueiras, escritores, escrivães, escriturários e  escrevinhadores!!! Escrevam, produzam, relatem, fantasiem, contem histórias-, suas e as alheias, e assim, com o olhar e o jeito estrangeiro , de ver e de estar no mundo, vamos criando mais um espaço. Para nós, que viemos ao vento. E para quem interessar possa!!!
Voilà!!!
Júlia Abreu de Souza e Margô Dalla-Schutte